As alergias cutâneas podem acometer pessoas com predisposição genética, como também surgir pelo contato com algumas substâncias. Essas, por sua vez, podem causar irritações ou sensibilizações na pele e, ao entrar em contato com o sistema imunológico, causar um quadro alérgico.
Tais lesões podem reaparecer sempre que o indivíduo se expor às substâncias causadoras do quadro alérgico. Portanto, esse é um problema que pode surgir em qualquer fase da vida, inclusive pode ser constante, devido ao convívio diário com sua causa.
Saiba mais!
Quais são os tipos de alergias cutâneas e o que as desencadeiam?
Existem diferentes tipos de alergias cutâneas, já que são muitos os motivos que as provocam. Conheça as mais comuns e saiba quais suas causas e tratamentos:
1. Dermatite atópica
Suas causas são desconhecidas, mas especula-se que exista uma combinação entre a pele irritada e ressecada com problemas do sistema imunológico. Questiona-se a relação entre essa alergia com outros processos alérgicos, como rinite, urticária e asma.
Além disso, a maioria dos casos ocorre nos primeiros cinco anos de vida. Seus sintomas incluem um eczema pruriginoso, com placas espessas, escamosas e escurecidas.
Acomete cerca de 85% das crianças até os cinco anos e, em média, 40% delas são curadas ao alcançarem a fase adulta. Porém, no restante é considerada uma condição crônica e que tem períodos de melhora, enquanto outros de agravamento. Nesse último caso, existe tratamento efetivo para controle, prescrito pelo médico. Em geral, a prescrição é de creme com corticoide.
2. Dermatite de contato
Ocorre através do contato direto da pele com a substância alergênica e é dividida em duas formas. A primeira é causada pelo contato com substâncias que irritam a pele, naturalmente.
Já a segunda ocorre por meio do contato com o alérgeno, que pode ser cosméticos, perfume, produtos de limpeza, bijuteria, látex couro e outros. Ou seja, a causa não acomete todas as pessoas, apenas um pequeno grupo. Seus sintomas incluem vermelhidão, descamação, ardência, coceira e bolhas.
- Tratamento: Costuma desaparecer sozinha após alguns dias, desde que o paciente não tenha mais contato com o fator que a desencadeou. Nos casos mais intensos, o médico poderá indicar o uso de pomadas com corticoides.
3. Urticária
Deixa a pele com uma lesão de aparência em placas avermelhadas e com relevo, ocasionando forte coceira. Pode ser desencadeada por remédios, picada de abelha, alimentos, calor ou por meio de substâncias como o pólen, látex e outras.
Os sintomas ocorrem logo após o contato com o alérgeno, mesmo que este seja de uso habitual. Ou seja, esse é um tipo de alergia que surge de um dia para o outro, independente de o indivíduo já ter tido ou não contato com o mesmo. Ela também pode ser de origem não alérgica, neste caso, causada por vírus ou bactéria.
- Tratamento: Este é indicado pelo médico após avaliação. Geralmente, inclui a mudança na dieta, excluindo alimentos como a banana, tomate, ovo, chocolate, amendoim e outros. Além disso, é aconselhável evitar alguns medicamentos, como penicilinas, coloridos e anti-inflamatórios não esteroides. O médico poderá indicar o uso de anti-histamínicos.
4. Picadas de insetos
Estão entre as mais comuns e são causadas pela saliva dos insetos que resultam em alergias cutâneas. Os sintomas incluem uma pequena picada, com elevação avermelhada, acompanhada de coceira.
Comumente, levam cerca de dois dias para desaparecer os sintomas, porém, alguns podem desenvolver prurigo estrófulo. Esse é um quadro que se apresenta em pessoas mais sensíveis e os sintomas podem durar até trinta dias. Além disso, basta uma picada para surgirem várias lesões pruriginosas.
- Tratamento: As lesões tendem a desaparecer sozinhas, podendo o médico indicar uma pomada para aliviar a coceira.
Lembre-se de que, para um melhor tratamento, é preciso se consultar com um dermatologista.
CRM/SC | 14625 RQE 12663
Referências: Dermatologia SP, MD Saúde e Minha Vida.
